07 de junho de 2024
O expressivo crescimento da expectativa de vida e como consequência do número de pessoas chamadas centenárias, inclusive no Brasil, tem como fatores contributivos o avanço extraordinário da medicina, das condições de vida (infraestrutura em geral), das mudanças de hábitos e movimentos de esclarecimentos e conscientizações de origem pública e privada.
Especialmente nas sociedades abertas, destacam-se os movimentos para alertar e conscientizar as pessoas sobre hábitos e comportamentos saudáveis que promovam qualidade de vida. Parte destes movimentos no Brasil, a cada mês atribui cores com foco no tema que deseja destacar. Para junho, uma das cores é a “roxa” cujo movimento busca conscientizar a população sobre a violência contra a pessoa idosa. Tem também o junho vermelho (doação de sangue), junho laranja (anemia e leucemia), e verde (ecossistemas naturais). Já está circulando nas redes sociais a -campanha junho cinza-chumbo- para conscientizar-nos contra os exames radiográficos desnecessários.
De uma simples e infeliz -inferência- de que as pessoas chamadas “idosas” são pouco produtivas e altamente demandadoras dos serviços públicos de saúde, ao abandono e descaso, as vezes pelas próprias famílias, o Etarismo é uma maneira preconceituosa e discriminatória contra a idade, sobretudo para a população com mais de 60 anos. A violência se manifesta pelos mais diferentes meios, as vezes subliminar e cresce de forma consistente e preocupante.
O compromisso de respeitar e oportunizar condições para as pessoas consideradas “seniores”, é um dos objetivos esperados pelo junho roxo, e já é considerado “inteligente” pelo mercado, pois não há como desconsiderar a velocidade de crescimento desta “população”, e não usufruir das competências e benefícios que elas trazem consigo..
É verdade que ainda existe uma parcela acomodada, reativa e pouco disposta a expandir a contribuição para a sociedade, mas é visível a cada dia, um número maior de pessoas “seniores” -inconformadas- com a postura dos agentes econômicos e socais que os desprezam. Esse grupo cresce geometricamente e acumula forças para transformar o “status quo” presente. Pessoalmente, eu estou inserido neste grupo e com frequência, estimulo as pessoas da minha relação a fazerem o mesmo.
E a reflexão costumeira da semana é: Qual tem sido a nossa atitude diante desta realidade? Vamos simplesmente ignorá-los e ser atropelados pelos fatos? Vamos agir proativamente e nos tornarmos protagonistas de um forte movimento de transformação social?
Aqui em Sampa, empresas como Unilever, Gol. Vivo, PWC, Tokio Marine, DPSP e tantas outras, já saíram à frente, construindo ambientes para usufruir das competências deste grupo. E você? Conhece alguém? Tem feito algo neste sentido?
Uma atenção especial deve ser direcionada às pessoas chamadas menos favorecidas, seja na questão cultural/educacional e ou financeira/econômica. Estão promovendo “barbaridades” a um grande número destas pessoas, partindo as vezes da própria família e parentes próximos. Penso que devamos ser mais atenciosos e ousados nestas situações, e se for o caso, ao tomarmos conhecimento, denunciar às autoridades competentes.
Juntos construiremos uma sociedade menos desigual e mais inclusiva, em benefício de todos.
Raimundo Sousa.