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16 de junho de 2023

Como Absorver os Aumentos da Saúde Suplementar?

 

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   Nesta semana a Agencia Nacional de Saúde Suplementar - ANS autorizou a correção dos preços dos planos médicos individuais e familiares em até 9.63% . Esse número é mais do que o dobro da inflação medida pelo IPCA no período que foi de 3.94%. No ano passado (2022) este aumento já foi de 15.5% contra um IPCA de 11.73%, considerando os mesmos períodos analisados. Em dois anos, 26% de aumento contra uma inflação IPCA de 16.1%. São dez pontos percentuais de aumento real, para uma população estimada em 8.9 milhões de usuários no Brasil.
   Considerando que estes pagamentos são bancados pelos próprios usuários, diferentemente dos planos empresariais, e que o aumento da renda média do trabalhador brasileiro em 2022 foi de 6.9%, número próximo da previsão para 2023 que é de 6.5%, não é difícil entender que a manutenção deste benefício absorve uma parte maior da renda das pessoas, em detrimento de outros gastos, aumento de endividamento ou eventualmente redução da poupança.
   As estratégias de mudanças de padrões adotadas por uma parcela já considerável de usuários, tem algum efeito no curto prazo, embora limitada aos planos de padrões superiores, também correm o risco de deterioração nos atendimentos e na 
 resolutividade das patologias apresentadas.
   Um efeito positivo a meu ver, embora ainda em baixa escala, é que este fenômeno tem produzido uma evolução na capacidade de análise crítica dos usuários, seja no uso racional dos serviços, como na ampliação do autocuidado por exemplo, seja na contestação do atendimento de pessoas despreparadas no Sistema. Não basta simplesmente fazer uma nova consulta com outro profissional quando não estivermos satisfeitos com o atendimento recebido de certo profissional.         Vem aumentando o número de pessoas que denunciam, seja à operadora, seja aos órgãos de controles, a sua insatisfação pela qualidade do atendimento. Especialmente nos planos de “baixa renda” não é difícil encontrar profissionais inexperientes, despreparados e pior ainda, achando-se soberanos e medicando as pessoas sem os cuidados dos efeitos colaterais que possam advir. Basta olhar ao seu redor e certamente encontrarás situações como estas. Geração de desperdícios como estes e de outras naturezas, multiplicam-se nos demais agentes da cadeia produtiva, e o cenário é de agravamento, considerando o volume de “médicos” que as escolas atuais e futuras despejarão no mercado nos próximos anos.
   Há no portanto uma   corrente, na qual eu busco me inspirar, entendendo que a mudança deste panorama passará pela ampliação do “empoderamento” do usuário/cliente. Ao compreender o valor dos recursos que ele desembolsa todos os meses para o pagamento do seu plano de saúde, o esforço e trabalho que ele realiza para a obtenção destes recursos, as oportunidades e atividades que deixa de fazer por conta do direcionamento dos mesmos recursos, tem levado a um número cada vez maior de pessoas que:

 • Praticam e valorizam o auto cuidado. Respeitam as particularidades do seu organismo. Alimentam-se majoritariamente de forma adequada, praticam atividades físicas regularmente;
 • Avaliam o valor que os seus recursos, quaisquer que sejam, tem produzido. Não admitem desperdícios de qualquer natureza;
 • São criteriosos na formação de suas redes e compartilham apoios quando necessários;
 • Não aceitam mediocridade. Buscam sempre o melhor, respeitando a simplicidade. São altamente críticos nas relações com todos os interlocutores;
 • Nunca desistem de fazer o bem. Tem uma visão positiva da vida e todo desafio ou toda adversidade em nosso caminho é uma oportunidade para testar e desenvolver nosso caráter interior.

   E você? Qual tem sido a sua experiencia neste sentido? Como tem se comportado diante de fatos como estes comentados? Ou outros semelhantes que possam ter ocorrido?
   Essa é a reflexão que te desafiamos fazer neste final de semana. Gaste um pequeno tempo para pensar sobre , e engaje no movimento “Juntos Transformaremos o Mundo”.
   Bom fim de semana.
   Forte abraço!
   Raimundo Sousa
   @raimundosousa54