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19 de maio de 2023

Estratégias para mitigar os efeitos do medo e insegurança em nossas vidas!

 

   Dois dos grandes disseminadores do Cristianismo naua origem, os chamados evangelistas Mateus e Lucas, nos relatam a  experiencia de um homem de posse, provavelmente um líder/empresário da época, que fora viajar por um tempo, e entregara seus bens/talentos aos seus servos (gestores) para cuidar durante a sua ausência. (parábola dos talentos em Mateus e das minas em Lucas). Ao retornar da viagem, chamou os servos/gestores para a prestação de contas e percebeu que um deles, aparentemente inseguro e com medo, mantivera o talento/bem guardado na forma que recebera e não obtivera qualquer vantagem/benefício como fizeram os demais, que os aplicaram e multiplicaram os seus valores. Este foi considerado pelo dono dos talentos um “servo/gestor” inútil, não lhe permitindo novas oportunidades.
   Passados mais de 2.000 anos, essa história permanece presente e atual. Quanto talento/recurso desperdiçado em nossos dias, seja na vida pessoal, profissional, social e comunitária, decorrente de medos, inseguranças e inabilidades gerenciais das pessoas. Na perspectiva psicológica o medo é um estado afetivo e emocional, necessário para a adaptação do organismo ao meio. A nosso ver, isso significa que ele não necessariamente é negativo, mas deve ser transitório, resultado do desconhecido e não gerador de insegurança, que é o estado emocional causado pelo medo.
   Existem vários fatores que podem desencadear o medo e a insegurança, e um deles é a incerteza e falta de controle. A falta de previsibilidade ou controle sobre eventos futuros pode gerar medo e insegurança. Quando não sabemos o que vai acontecer ou não temos certeza sobre o resultado de uma situação, é natural sentir essa manifestação.
   Então a reflexão de hoje é: O que fazer para mitigar os efeitos da incerteza e falta de controle que possam gerar medo e insegurança em nossas vidas?
   Na visão do filósofo Edgar Morin, num oceano de incertezas e certezas, a estratégia e o conhecimento continuam sendo a navegação adequada nesta “era das incertezas” em que vivemos. O mesmo Morin afirma que a racionalidade nos permite o controle, e esta reconhece que a subjetividade, os sentimentos e as emoções fazem parte da condição humana e dela não podem ser separadas. Esse reconhecimento implica aprender a lidar com as emoções, os sentimentos e a subjetividade, e fazer isso de tal maneira que eles não interfiram de modo perturbador em nossos pensamentos e ações.
   Podemos, portanto, inferir que o uso da estratégia, a evolução do conhecimento e a prática da racionalidade são fatores altamente contributivos para responder à indagação acima.
   Para Porter (1991) estratégia é criar uma posição exclusiva e valiosa, envolvendo um diferente conjunto de atividades. A estratégia está preocupada com objetivos de longo prazo e os meios para alcançá-los, que afetam o sistema como um todo.     Na evolução do conhecimento sobre estratégias, avançamos para o desenvolvimento do “pensamento estratégico”, que na prática demandará melhorias contínuas na capacidade de analise critica. O pensamento crítico ajuda a organizar as ideias, a manter o foco em objetivos e a construir uma disciplina pelo resto da vida. Isso acontece porque o primeiro passo ao avaliar uma situação de maneira crítica é a observação, tentando entender tudo que está acontecendo antes de tirar uma conclusão.
   Portanto, desenvolver a nossa capacidade de analise critica nos conduz ao pensamento estratégico que contribui para construirmos cenários e ações destinadas à redução das incertezas e falta de controle e por consequência os nossos medos e inseguranças. Faz sentido na tua experiencia? Voce consegue medir o grau de evolução da tua capacidade de análise crítica? Já parou para pensar sobre? O que voce tem feito dos talentos/recursos que a vida tem colocado à sua disposição?           Multiplicado ou guardado sem produzir qualquer efeito na vida e na sociedade?
   Sempre é tempo para evoluirmos, crescermos e gerar riquezas abundantes. Mas para isso é salutar ter uma “parada”.               Avaliarmos de maneira critica o que temos produzido. Comparar com a nossa capacidade de produção/geração de riquezas. Identificar os eventuais “gaps” e construirmos estratégias para melhorarmos.
   Gaste 45/60 minutos do seu tempo neste final de semana para refletir sobre! Posso lhe assegurar de que encontrarás oportunidades especiais de crescimento.
   Tenha um final de semana abençoado!
   Forte abraço!
   Raimundo Sousa
   @raimundosousa54